domingo, 20 de dezembro de 2020

O sentimento que se transforma em palavras


Hoje lembrei-me deste espaço, hoje lembrei-me o quanto ele é meu. Aquele espaço de desabafo, de colocar em palavras aquilo que sinto. 
Hoje sinto a necessidade de escrever, não para alguém ler, mas sim para transformar em palavras o sentimento. Talvez sinta mais leve por isso, talvez o peso que tenho em mim se desfragmente. 
Há tempos ouvi a expressão "eu devo estar a colher a lavoura de alguém". Nunca na minha vida esta expressão fez tanto sentido em mim, porque apesar de nunca ter feito mal a alguém, nunca ter desejado mal a ninguém, sinto que a vida está a colocar-me à prova de uma forma dura. 

2020 começou bem, começou em pleno. Muitos sorrisos, com uma boa forma física e o trabalho a tomar um rumo mais certo. O vírus entrou, um novo amor surgiu e, embora sentisse que o trabalho iria se tornar num grande ponto de interrogação, tudo o resto corria da melhor forma, podendo se tornar a base que me iria amparar. Em grande parte daquilo que senti há 5 meses atrás, não se viria a realizar. 
Hoje, Dezembro de 2020, o amor fez-me perder uns bons quilos devido à queda que dei, o vírus tirou-me a possibilidade de continuar a carreira, em Setembro tive uma grande crise ciática que quase me impossibilitou de andar, e há umas semanas atrás foi-me detectado no joelho direito uma Condropia grau 3. Embora a hérnia que tenho esteja controlada (controlada, não tratada), o joelho é aquele que me deixa mais assustada. Não estou proibida de correr, mas sinto que tenho que parar. Não sei se vou voltar à forma que estava, nem sei se voltarei a fazer aquilo que mais gosto de fazer (correr longas distâncias). Aquilo que sei é que neste momento tenho que fazer um grande e poderoso trabalho de reforço muscular. 
Hoje adiei aquilo que tinha planeado fazer em 2021. Adiei compromissos com amigos, adiei a prova que tanto queria fazer. Adiei com a incerteza de um dia virar realidade. 
Não quero de todo baixar os braços nesta fase, não quero de todo fraquejar mas por vezes é difícil manter o pensamento positivo. Fraquejo hoje mais que nunca (daí ter-me voltado mais para aqui). Não me sinto orgulhosa disto, sinto uma enorme tristeza por tudo isto que me está a acontecer, sinto-me muito assustada. Assustada porque é inevitável não sentir que isto veio para ficar e não se trata um susto, de um alerta do corpo. Tento manter-me optimista, mas é tudo uma questão de fases, tudo uma questão de minutos, porque há um treino para fazer, há um currículo para mandar, há uma pesquisa para fazer, há um livro na estante para ler. Quando tudo isto acaba, quando já não exijo nada de mim a ficha cai, é aí que a dor psicológica vem ao de cima. Tento ser forte, mantendo um foco, colocando em mim uma meta. Estou numa fase que está a ser difícil concentrar-me nesse foco e de lhe dar a devida importância. 
Quero ser forte, quero manter a esperança de que depois da tempestade, o sol tornará a aparecer.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O mundo nos chama loucos


O mundo nos chama loucos, e eu digo, não só mas também. 
Ontem foi dia de realizar a minha segunda meia maratona - a meia maratona dos descobrimentos. 
Se a primeira meia tinha sido abençoada pelo bom tempo, esta foi feita debaixo de chuva. Durante os dias que anteciparam a prova, ainda tinha esperança que o tempo se desenrolasse a nosso favor e nos oferecesse uma manhã de Domingo com sol. Mas não. Chuva, chuva e chuva. Mesmo a desafiar o nosso amor à corrida. 
Enquanto esperava que a partida fosse lançada, na Praça do Império, admirava os corredores a correr à chuva por todo o lado. Nesse momento pensei mesmo "que maluquice é esta!". Domingo de manhã de chuva pede pequeno-almoço quentinho embrulhada numa manta. Mas em vez disso, troquei, com extrema facilidade, esse cenário por uma corrida a apanhar uma valente molha.
Não desgosto de correr à chuva, mas não troco o meu sol por ela. Sentir a roupa e os ténis pesados, não é algo que seja agradável com o passar dos quilómetros. Mas mesmo assim a prova não correu mal. 
21.30 km
1:51:12
5:13 /km
Fiz o mesmo tempo que a minha primeira meia, com a diferença que nesta tive a adversidade que a chuva trás à corrida.
Quanto à prova em si, é uma prova gira e bem organizada.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Últimos treinos antes da meia


Se ontem foi a última corrida antes da meia maratona que vem aí, hoje foi o último treino no ginásio. Foi um treino que durou uma hora e dez minutos onde os dividi em aquecimento, treino de pernas, abdominais, tronco e braços, abdominais novamente e, por fim, alongamentos.
Os treinos estão feitos, a dedicação foi colocada em cada um deles. Que venha a prova.

Música que me encanta #31


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A Castelo Branco por um dia

Esta semana consegui, finalmente, ir à cidade que me cativou pelo coração. Ir a Castelo Branco deixa-me com um duplo sentimento. Se por um lado fico feliz por voltar a ver aquelas paisagens, sentir aquele cheiro e comer o que é típico de lá, por outro, invade-me um sentimento enorme de nostalgia. Passar onde trabalhei, onde vivi, onde passei determinados momentos da minha vida, deixa-me com a vontade de voltar a vivê-los, ainda por mais sabendo que, aqueles tempos, nunca mais voltaram.
Mas lá fui eu, contente e ansiosa.
Mal cheguei veio-me o cheiro de.... de.... pão caseiro juntamente com o cheiro a lareira. Acho que é o melhor que o consigo definir.



Aproveitando que estava no paraíso da Beira Baixa, fui até à Sertã para conhecer e almoçar o tão delicioso bucho e os maranhos. Vale a pena conhecer a Sertã, ainda para mais se o Outono tiver no auge da sua cor maravilhosa.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

...


Um caminho, um conforto, um sinal.
Algo para aconchegar a mente e a alma.
Para dar o arranque feroz a algo que se aproxima.

Pérola #42